Texto por Colaborador: Redação 19/07/2025 - 12:20

Giovanni Reyna vive momento decisivo sobre seu futuro no Borussia Dortmund. O meio-campista americano, que chegou cheio de expectativas em janeiro de 2020, não conseguiu se firmar como sucessor de Marco Reus devido a constantes problemas físicos.

A estreia de Reyna aconteceu no mesmo dia histórico em que Erling Haaland marcou hat-trick contra o Augsburg. Enquanto o norueguês de 19 anos roubava os holofotes, o jovem de 17 anos também dava seus primeiros passos no futebol profissional alemão, numa vitória espetacular por 5 a 3.

Cinco anos e meio depois, os destinos dos dois ex-companheiros seguiram rumos completamente opostos. Haaland brilha na Premier League quebrando recordes, enquanto Reyna vive o fim de um ciclo marcado pela frustração.

O americano não tem mais futuro garantido no clube e indicações apontam para uma provável saída em breve. Sua icônica camisa 7 foi reservada para a nova contratação Jobe Bellingham. Especulações apontam possível retorno aos Estados Unidos, enquanto o Parma demonstrou interesse concreto no jogador.

Na época, Haaland havia cunhado um apelido carinhoso para o companheiro: "Eu chamo Gio Reyna de 'sonho americano'. O que ele faz em campo é inacreditável. Tem um grande futuro pela frente", declarava o atacante entusiasmado.

Lucien Favre, conhecido pela personalidade reservada, também se rendia ao talento do jovem: "Se você não vê que ele tem algo especial, você está cego".

As expectativas eram enormes. Reyna foi projetado como herdeiro natural de Marco Reus, mas uma sequência devastadora de lesões destruiu esse sonho promissor.

A raiz dos problemas remonta a setembro de 2021, quando sofreu grave lesão na coxa que o afastou por meses. Esse episódio desencadeou uma cadeia interminável de problemas musculares, distensões e questões de condicionamento que comprometeram sua evolução.

Os constantes contratempos físicos transformaram fundamentalmente suas características. Reyna perdeu explosividade e velocidade - qualidades essenciais para um atacante no mais alto nível. Marco Rose, ex-treinador, reconheceu cedo que o jogador havia "perdido algo com o tempo".

As lesões não apenas custaram tempo de jogo, mas também os pré-requisitos físicos necessários para se estabelecer no futebol intenso praticado pelo Dortmund.

Sob comando de Edin Terzić, Reyna assumiu papel de "coringa nobre" - capaz de decidir partidas saindo do banco, mas sem confiabilidade para atuar 90 minutos. Tentativa de empréstimo ao Nottingham Forest também fracassou, não conseguindo se adaptar ao futebol físico da Premier League.

O Mundial de Clubes da FIFA selou definitivamente seu destino no clube. Enquanto outros jogadores se destacaram na vitrine mundial, Reyna foi um dos grandes esquecidos do torneio, atuando apenas uma vez e servindo mais como figura de marketing.

O desfecho representa frustração mútua. Para o Borussia Dortmund, fica a sensação amarga de não ter conseguido desenvolver uma grande promessa. Para o jogador, aos 22 anos, a mudança de ares pode representar nova oportunidade.

Uma transferência para a Itália ou retorno aos Estados Unidos oferece chance de estabilizar o físico, recuperar autoconfiança e conquistar sequência regular de jogos. O "sonho americano" pode ainda ganhar vida em outros palcos.

Categorias

Ver todas categorias

Kovac é uma boa escolha para o BVB?

Sim

Votar

Não

Votar

705 pessoas já votaram