A chegada de Niko Kovac ao comando do Borussia Dortmund vem sendo vista como um acerto da diretoria. Apesar das polêmicas iniciais, especialmente pela decisão de Lars Ricken de não seguir a chamada “linha Dortmund” ao contratar um treinador sem ligação emocional com o clube, os resultados já começam a justificar a escolha.
Nos últimos meses da temporada 2024/25, o BVB encontrou estabilidade com Kovac e terminou a campanha em recuperação, garantindo uma vaga na Liga dos Campeões. Ricken, que liderou a decisão pela contratação do croata, vê o desfecho como um sucesso.
Em entrevista ao The Athletic, o diretor esportivo explicou por que decidiu quebrar a tradição e apostar em um nome de fora: “Tínhamos dois treinadores em Nuri e Edin Terzic, dois meninos de Dortmund. Achei que depois de cada jogo havia grandes expectativas dos torcedores e da mídia de que eles tinham que mostrar sua paixão e amor pelo clube em todos os jogos e em todas as entrevistas.”
Ricken acrescentou que buscava um perfil mais focado e menos pressionado por laços emocionais com o clube: “Por esse motivo, eu queria um treinador externo que pudesse se concentrar apenas em seu papel. Com a experiência de Niko como jogador e como treinador, achei que ele seria o certo.”
Segundo ele, os primeiros sinais confirmam que a decisão foi acertada: “Falei com Arsène Wenger há alguns dias, quando ele estava em uma de nossas sessões de treinamento. Ele disse que a melhor idade para um treinador é entre 43 e 65 anos – e Niko agora tem 53 anos. Você pode ver seu desenvolvimento, como sua experiência foi importante e como ele foi capaz de construir um ótimo relacionamento com os jogadores.”
A escolha por Kovac rompeu com uma sequência de técnicos identificados com o clube desde 2022, mas começa a render frutos dentro de campo.