Apesar das altas receitas obtidas neste verão, o Borussia Dortmund enfrenta dificuldades para reinvestir em reforços por conta de gastos elevados com bônus e despesas internas. Segundo reportagem da Sport Bild, mesmo com a venda de Jamie Gittens por cerca de 65 milhões de euros e ganhos com a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes, o clube teria apenas 40 milhões de euros disponíveis para novas contratações.
A principal razão está nos custos recorrentes da temporada. Os salários do elenco chegam a 120 milhões de euros, além de 25 milhões em bônus e pagamentos especiais. Os contratos de jogadores com forte vinculação ao desempenho elevam ainda mais esses valores: alguns atletas recebem até 20 mil euros por ponto conquistado na Bundesliga.
O clube também arcou com valores consideráveis por bonificações de assinatura, como os 1,5 milhão de euros pagos a Jobe Bellingham. A diretoria, ciente da situação, considera vendas expressivas como as de Gittens fundamentais para equilibrar o caixa, revelou a publicação.
Além disso, o Borussia Dortmund enfrenta outros custos significativos. A rescisão de contrato com Nuri Sahin deve render uma indenização de 3,5 milhões de euros. Já Sven Mislintat, dispensado, segue recebendo salário de meio milhão de euros por temporada, a menos que assine com outro clube.
A infraestrutura também pesa no orçamento. A manutenção do Westfalenstadion custa entre 5 e 10 milhões de euros anuais, com previsão de novos projetos que somam pelo menos 20 milhões, incluindo um centro médico que poderá gerar receita no futuro.
Com investimentos já realizados nas contratações de Yan Couto (25 milhões), Daniel Svensson (7 milhões) e Bellingham (30 milhões), o clube praticamente comprometeu as receitas com vendas. A não obtenção de superávit em transferências na última temporada já havia sido um problema, que agora se agrava sem novas saídas no elenco.