A indefinição sobre a presidência do Borussia Dortmund expõe uma crise interna que, segundo análises, prejudica diariamente o clube. A disputa entre o atual presidente Dr. Reinhold Lunow e o diretor-gerente Hans-Joachim Watzke transformou-se em uma luta de poder com repercussões públicas e internas.
Em 27 de maio, Lunow anunciou sua candidatura à reeleição, destacando a importância da “coesão da família Borussia”. No entanto, nos bastidores, essa união está longe de existir. Desde então, a divisão entre os grupos ligados a Lunow e a Watzke se intensificou.
Watzke chegou a considerar suceder Lunow, mas voltou atrás, mergulhando o clube em um impasse. Ambas as partes estariam utilizando sua influência na mídia para enfraquecer o oponente, o que ficou ainda mais visível após reportagens revelarem um processo interno de conformidade contra Watzke.
A grande dúvida permanece: Watzke será candidato na assembleia geral marcada para 23 de novembro? Apesar do apoio unânime dos conselhos Econômico e dos Anciãos para que ele concorra, o dirigente ainda não se pronunciou oficialmente. Em junho, afirmou que decidiria durante as férias, mas até agora mantém silêncio
A direção e os torcedores aguardam uma definição. O atual cenário é visto como insustentável para um clube com cerca de 220 mil membros. A disputa afeta a imagem do BVB e alimenta rumores que podem abalar ainda mais a instituição.
O debate sobre a presidência precisa ser elevado a um nível mais claro e objetivo. A ausência de propostas concretas de ambos os lados deixa os sócios sem direção, em um momento inédito em que poderão votar de forma híbrida. Segundo os estatutos, o presidente tem influência indireta sobre o futebol profissional, o que amplia ainda mais a importância de um debate público e transparente sobre o futuro do clube.