Texto por Colaborador: Redação 15/07/2025 - 05:00

A notícia da possível ida de Johan Bakayoko ao RB Leipzig caiu como um golpe entre os torcedores do Borussia Dortmund. Considerado o substituto ideal de Jamie Bynoe-Gittens, vendido recentemente, o jovem atacante belga deve optar por vestir a camisa do rival, evidenciando uma realidade incômoda para o BVB: o clube já não é mais o destino preferencial para talentos promissores.

Com Gittens vendido e Julien Duranville lesionado, o setor ofensivo do Dortmund está cada vez mais limitado, e o silêncio desde a contratação de Jobe Bellingham só aumentou a impaciência da torcida. Internamente, a direção pede calma, mas os rivais, como Leverkusen e o próprio Leipzig, seguem se reforçando de forma agressiva. A perda de Bakayoko, embora pontual, simboliza uma tendência preocupante.

O diretor esportivo Sebastian Kehl garantiu estar trabalhando intensamente, mas até agora pouco se concretizou. Parte da dificuldade está na situação financeira do clube. Apesar das vendas recentes, o dinheiro já foi parcialmente comprometido com as chegadas de Bellingham (€ 30,5 milhões), Yan Couto (€ 20 milhões) e Daniel Svensson (€ 6,5 milhões). O orçamento restante gira em torno de € 30 a € 40 milhões, o que exige escolhas precisas — e arriscadas.

Sob nova direção esportiva, com Lars Ricken assumindo papel de destaque, o Dortmund adota uma postura mais conservadora, buscando equilíbrio financeiro após anos de gastos altos com transferências. Essa estratégia, porém, tem um custo: o BVB já não atrai como antes. Clubes como Leipzig, Leverkusen e até Eintracht Frankfurt passaram a disputar (e vencer) corridas por jovens talentos como Bakayoko e James McAtee, do Manchester City.

O desafio do Dortmund é duplo: falta dinheiro e sobram carências. A equipe precisa de reforços nas pontas, na zaga, no meio-campo (defensivo e ofensivo) e no ataque para ser alternativa a Serhou Guirassy. Diante disso, a diretoria se vê forçada a buscar “soluções criativas”, como empréstimos ou apostas mais baratas — qualquer erro pode custar caro, até mesmo a vaga na próxima Liga dos Campeões.

Enquanto o BVB age com cautela, rivais aproveitam o momento para se fortalecerem. Leipzig está prestes a fechar com Bakayoko, enquanto o Leverkusen já se movimenta pensando em substituir Florian Wirtz. A classificação para a Champions virou obrigação, mas com um elenco cada vez mais desequilibrado, esse objetivo já está ameaçado.

A participação no atual Mundial de Clubes foi essencial para manter as finanças em dia. Mas, com a queda de competitividade e sem reforços à altura, fica a dúvida: o Borussia Dortmund estará presente no próximo Mundial? A resposta dependerá das próximas semanas — e das escolhas que Kehl e Ricken farão sob pressão.

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