Texto por Colaborador: Redação 30/07/2025 - 13:00

Dez anos após a saída de Jürgen Klopp do Borussia Dortmund, o clube finalmente começa a se libertar da forte influência emocional deixada pelo técnico mais marcante de sua história recente. Segundo análise publicada pelo Westfälische Allgemeine Zeitung (WA), essa virada simbólica se dá com a liderança de Lars Ricken na diretoria esportiva e a chegada de Niko Kovac ao comando técnico.

Desde a despedida de Klopp em junho de 2015, o Dortmund contratou sete treinadores diferentes. Todos, em maior ou menor grau, viveram à sombra dos feitos e da personalidade do antigo comandante. A insistência em preencher cargos estratégicos com ex-jogadores do clube — como foi o caso de Nuri Sahin — não deu resultado. Sahin deixou o comando ainda em janeiro, com o time em crise e distante da zona de classificação para a Liga dos Campeões.

A mudança começou quando Kovac, sugerido por Mike Tullberg, então treinador do sub-23, foi contratado. Conhecido por conquistas de curto prazo e por sua rigidez tática, Kovac chegou sem ligação emocional com o clube — o que, segundo o WA, acabou sendo uma vantagem. Sem o peso de corresponder a um passado glorificado, o técnico pôde trabalhar com liberdade e foco.

A matéria ressalta que essa ausência de vínculo emocional permitiu que Kovac implementasse um estilo mais pragmático, baseado em disciplina e esforço coletivo, distanciando-se do modelo de Klopp. Ao mesmo tempo, a saída de figuras históricas como Michael Zorc e o anúncio de aposentadoria de Hans-Joachim Watzke criaram um ambiente propício para essa transição definitiva.

Até o próprio Klopp contribuiu, involuntariamente, para essa ruptura simbólica. Sua decisão de aceitar um cargo no projeto do Red Bull foi vista como o "choque final" para os torcedores, forçando uma reavaliação emocional e ajudando o clube a se desapegar do passado.

O WA conclui: "A emancipação foi bem-sucedida."

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