O Borussia Dortmund precisa tomar decisões cruciais neste verão – mas sem grande margem financeira. Um problema crônico ameaça mais uma vez travar o planejamento do elenco.
Atrasos nas vendas, recursos limitados e incertezas no planejamento complicam o trabalho do diretor esportivo Sebastian Kehl – justamente quando ele assume maior responsabilidade do que nunca. Após a saída do diretor técnico Sven Mislintat, Kehl agora é o único responsável pela montagem do elenco e pelo departamento de olheiros.
Apesar deste papel central, a estrutura do setor de observação permanece inalterada por enquanto. O Borussia Dortmund optou por não nomear um substituto para o chefe de olheiros Eduard Graf, demitido em novembro passado. Segundo a WAZ, Sebastian Krug e Laurent Busser continuarão dividindo a liderança do departamento de scouting. Uma contratação externa ou promoção interna não está prevista no momento.
Entretanto, o BVB sofre com um problema crônico: demoras nas vendas bloqueiam orçamentos importantes. Jogadores com bons contratos como Salih Özcan, Youssoufa Moukoko ou Sébastien Haller frequentemente ficaram tempo demais no elenco, porque faltaram ofertas adequadas ou clubes não atenderam às exigências do Dortmund. Para Kehl, isso significou incerteza e paralisia na janela de transferências. Este ciclo vicioso pode se repetir neste verão, como relata a WAZ.
Transferências só com dinheiro: BVB precisa vender
O diretor-executivo Ricken mencionou recentemente "23 movimentações no elenco desde o verão passado", mas o clube do Ruhr busca desta vez reforços pontuais. Nomes como Jobe Bellingham (AFC Sunderland), Adron Jashari (Club Brügge) e Rayan Cherki (Olympique Lyon) estão no foco. Porém, transferências sem receitas adicionais são difíceis, já que segundo a Sportbild apenas cerca de 30 milhões de euros estão disponíveis – um orçamento limitado para um clube com grandes ambições.
Além dos candidatos à venda mencionados, Giovanni Reyna, cujo contrato vai até 2026, também está entre os jogadores cuja saída está sendo avaliada. A esperança de receitas está em Jamie Gittens, cujo valor de mercado é estimado em 50 milhões de euros e que desperta interesse do Chelsea.
A grande reformulação no BVB só deve acontecer em 2026, quando vários contratos vencem, incluindo os de Niklas Süle, Julian Brandt, Emre Can e Pascal Groß.