Sebastian Kehl, diretor esportivo do BVB, demonstrou grande competência nas negociações desta janela de transferências. O dirigente de 45 anos conseguiu extrair o valor desejado pelo Dortmund na venda de Jamie Gittens ao Chelsea. Também encontrou compradores para Soumaila Coulibaly e Youssoufa Moukoko, considerados difíceis de negociar. Para o promissor Kjell Wätjen, rapidamente arranjou um empréstimo adequado.
Agora, porém, Kehl se depara com um desafio mais complexo. O clube deseja que Sebastien Haller deixe o elenco, mas há um grande empecilho: os times interessados, como o Utrecht (onde atuou por empréstimo), não conseguem arcar com o salário milionário do marfinense - cerca de nove milhões de euros.
Ron Jans, técnico do Utrecht, praticamente descartou o retorno do atacante em declaração ao portal soccernews.nl: "Partimos do princípio de que ele não voltará para nós, mas nunca se sabe." O treinador também desmentiu rumores sobre uma possível assinatura de contrato com o clube holandês."
Antalyaspor surge como alternativa para Haller
O Antalyaspor também apareceu como possível destino para o centroavante do BVB. Os turcos teriam maior capacidade financeira que os holandeses, mas ainda assim não conseguiriam igualar os vencimentos que o jogador recebe em Dortmund. O futuro de Haller permanece indefinido.
Uma solução criativa poderia ser aplicada por Kehl: a rescisão contratual com indenização. Dependendo do valor acordado, o novo clube de Haller não precisaria assumir integralmente seu salário atual.
Caso algum time aceite pagar tanto a transferência quanto os vencimentos, o Dortmund lucraria duplamente. Se optarem pela rescisão, ao menos liberariam parte significativa da folha salarial.
Paralelamente ao caso Haller, Kehl trabalha para negociar Giovanni Reyna e Salih Özcan. Embora a economia seja menor comparada a grandes salários como os de Julian Brandt ou Marcel Sabitzer, toda redução ajudaria a ampliar o orçamento para novas contratações nesta temporada.