Texto por Colaborador: Redação 21/09/2025 - 02:00

Muitos craques que fizeram história no futebol alemão hoje seguem suas carreiras em outros continentes, praticamente esquecidos pela mídia europeia. O site sport.de trouxe à tona dois casos interessantes de ex-jogadores do Borussia Dortmund que mantêm atividade longe dos holofotes.

Shinji Kagawa, ídolo absoluto da torcida aurinegra, voltou para casa em 2023 ao assinar com o Cerezo Osaka, mesmo clube onde tudo começou antes da aventura europeia que o consagrou. O meia japonês já havia mostrado seu valor ao ajudar o time de Osaka a conquistar o acesso à elite nacional antes de embarcar para a Alemanha.

No BVB, Kagawa viveu seus melhores momentos, faturando dois títulos alemães e duas taças nacionais como peça-chave do esquema tático. A frustração no Manchester United abriu caminho para uma peregrinação que o levou à Turquia (Besiktas), Espanha (Real Zaragoza), Grécia (PAOK Saloniki) e Bélgica (VV St. Truiden), incluindo um período sem clube.

De volta ao Japão, o veterano de 97 jogos pela seleção nacional (31 gols) mantém papel protagonista aos 36 anos. Desde seu retorno, já disputou 84 partidas, marcando oito gols e distribuindo três assistências, agora atuando em posição mais recuada como volante.

Na recente vitória por 4 a 2 sobre o Avispa Fukuoka, Kagawa atuou os 90 minutos como capitão. "Foi incrível marcar quatro gols como equipe. Esta vitória é resultado de muito trabalho e luta até o fim", declarou o ex-astro dortmundês.

As pretensões de título do Cerezo Osaka, entretanto, são remotas. A equipe navega no meio da tabela, com 13 pontos de diferença para o líder. Uma reação seria surpreendente, considerando que os tempos áureos do clube ficaram há mais de 40 anos, tendo a Copa do Japão de 2017 como último grande feito.

Do outro lado da história está Koray Günter, zagueiro que tomou rumo oposto quando Kagawa retornava ao BVB em 2014. Considerado joia rara nas divisões de base dortmundesas, Günter foi promovido ao profissional exatamente quando o japonês seguiu para Old Trafford em 2012.

Sem conseguir se firmar no elenco principal aurinegro, Günter partiu em janeiro de 2014 rumo ao Galatasaray. Na Turquia, apesar de dois títulos nacionais e três copas, disputou apenas 50 partidas oficiais em quatro temporadas e meia - números que evidenciavam sua condição de reserva.

A guinada profissional veio na Itália. Após breve passagem pelo Genoa, Günter desabrochochou no Hellas Verona, onde enfim se tornou peça indispensável e ultrapassou a marca de 100 jogos disputados.

O périplo continuou pela Sampdoria, retorno ao Genoa, Fatih Karagümrük e Göztepe Izmir, até chegar ao Al-Okhdood, da Liga Saudita, em 2025. Nos três primeiros compromissos, o defensor de 31 anos foi titular absoluto, marcando um gol e fornecendo uma assistência, mas não impediu que sua equipe ficasse na última posição sem somar pontos.

Quanto a conquistas, Kagawa pode se orgulhar de seu currículo. Além dos troféus alemães, o Jogador Asiático do Ano de 2012 também levantou a Bundesliga de 2013 pelo Manchester United e a Copa da Grécia de 2021 defendendo o PAOK Salónica.

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