Texto por Colaborador: Redação 03/08/2025 - 01:30

Ömer Toprak construiu uma carreira sólida no futebol alemão. Aos 36 anos, o zagueiro acumula títulos importantes como a Supercopa da Alemanha conquistada pelo Borussia Dortmund em 2019, além do vice-campeonato alemão no mesmo período. Pela seleção turca, disputou 27 partidas internacionais. Porém, um episódio traumático em sua trajetória mostra que existem coisas muito mais importantes que troféus e gols.

Início promissor interrompido por tragédia

Em 2005, Toprak deixou as categorias de base do FV Ravensburg para ingressar no SC Freiburg. Três anos depois, conquistou o título alemão da categoria Sub-19. Sua estreia como profissional aconteceu na segunda rodada da temporada 2008/09 da segunda divisão, no empate por 2 a 2 contra o VfL Osnabrück. O jogador nascido em Oberschwaben rapidamente se estabeleceu como titular, contribuindo para o acesso do clube à Bundesliga.

Aproximadamente duas semanas e meia após essa conquista, o impensável aconteceu. Durante um acidente em uma pista de kart próxima a Freiburg, Toprak sofreu queimaduras graves quando colidiu com outro veículo e um tanque explodiu. Incríveis 42% de sua pele ficaram danificados. O atleta precisou se afastar dos gramados por sete meses, período no qual passou por sete cirurgias.

Revelação chocante dos médicos

Mas muito mais que a carreira estava em jogo. "Se você não fosse atleta, se fumasse e tivesse uma alimentação pouco saudável, estaria morto agora", relata Toprak ao reproduzir o diagnóstico médico para a revista Stern. "Mas seu corpo aprendeu a lutar, e isso te salvou", complementa o defensor de 36 anos, citando as palavras dos profissionais de saúde.

As lembranças do período são marcantes: "Essa foi minha maior dificuldade. Tecido morto, nervos mortos, tudo preto. E como fedia. Carne queimada tem um cheiro peculiar e repugnante", recorda o ex-jogador do BVB. "Eu não conseguia mais me sentir."

Recuperação dolorosa

A troca dos curativos representava um tormento adicional para seu organismo. A pulsação e temperatura corporal subiam perigosamente, com o termômetro marcando 40 graus. "Durante os dois meses no hospital, chorei apenas uma única vez", conta Toprak de forma impressionante. "Quando consegui me mover um pouco com ajuda de muletas, fui ao banheiro e me olhei no espelho. A visão era terrível."

Em janeiro de 2010, ele retornou ao futebol profissional na derrota por 2 a 0 do Freiburg para o Hamburger SV. Após passagens por Bayer Leverkusen, BVB, Werder Bremen e Antalyaspor, encerrou sua carreira profissional em 2024 e hoje atua pelo SK Weingarten, clube da divisão regional.

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