O momento conturbado do Borussia Dortmund vai além das quatro linhas. O empate em 2 a 2 com o Werder Bremen no último sábado estendeu a série sem vitórias para cinco jogos, deixando o clube na indigesta 11ª posição da Bundesliga. Mas é nos bastidores que uma crise silenciosa ameaça explodir.
Dietmar Hamann, ex-jogador da seleção alemã e atual comentarista da Sky Sports, não hesita em apontar o epicentro do problema. "Quando você contrata um Diretor Técnico sem consultar seu Diretor Esportivo, você aposta todas as fichas no entendimento entre eles. E isso claramente não aconteceu", analisa o ex-jogador, prevendo que a convivência entre Sven Mislintat e Sebastian Kehl tem os dias contados.
Para Hamann, a solução não passa por simplesmente reduzir a estrutura administrativa. O xadrez político envolvendo Kehl e Mislintat - este último contratado no verão europeu à revelia do primeiro - tem minado o ambiente interno do clube.
Questionado sobre o assunto, Kehl optou pela diplomacia: "Já se especulou demais nos últimos dias. Não pretendo alimentar mais essa discussão", esquivou-se o dirigente.
Enquanto a direção não resolve suas questões internas, ao menos o comando técnico tem definição temporária. Lars Ricken, CEO do clube, garantiu a permanência de Mike Tullberg até o confronto com o Shakhtar Donetsk pela Champions League, quarta-feira às 21h. "Tullberg seguirá no comando. Estamos avaliando a situação com calma e, no momento, ele é nossa melhor opção", afirmou Ricken.
Via BVB WLD