Texto por Colaborador: 17/11/2016 -

O CEO do Borussia Dortmund, Hans-Joachim Watzke manifestou receios de que as regras que regem a propriedade de clubes alemães poderiam mudar, dizendo em entrevista ao Sport Bild: “Eu não quero que os torcedores sejam ordenhados como está acontecendo na Inglaterra”.

O sucesso do RB Leipzig na Bundesliga, clube financiado pela empresa austríaca Red Bull, tem suscitado muito debate sobre o futuro dos clubes alemães. Embora o Leipzig cumpra formalmente a regra 50 + 1 que estipula que mais de 50% de um clube deve ser de propriedade de seus membros, a influência de fãs e outros investidores é limitada. Os clubes de propriedade da empresa, tais como Bayer Leverkusen (companhia química e farmacêutica – Bayer) e Wolfsburg (Wolkswagen), e os clubes financiados por indivíduos ricos, como o Hamburgo e o Hoffenheim, são exceções, devido à natureza de longo prazo de seus investimentos e associação com os clubes de futebol. Watzke ressaltou a positividade da regra 50 + 1, segundo: “A regra 50 + 1 é significativamente mais boa do que mal na Alemanha”.

Ele alertou que os investidores, por regra, não seriam necessariamente uma coisa boa, acrescentando: “A maioria dos clubes não vai conseguir um Roman Abramovich, que em primeiro lugar quer ver o Chelsea ganhar. A maioria dos investidores querem mesmo é ganhar dinheiro. E onde é que eles o obtêm? Dos espectadores. O espectador alemão tradicionalmente tem laços estreitos com o seu clube. E se ele tem a sensação de que ele não é mais considerado como um fã, mas sim como um cliente, teremos um problema”.

Watzke disse acreditar que um investidor sem um controle dos planos poderia logo transformar o famoso terraço Südtribune de Dortmund. "Um investidor em Dortmund logo transformará os 28.000 lugares em pé para 15.000 assentos, o que garantiria vários milhões de euros a mais por ano. “

"Mas eu não quero que os fãs sejam ordenhados como está acontecendo na Inglaterra", acrescentou Watzke.

Enviado por Cristian Hall

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