Toni Kroos voltou a criticar com firmeza o novo formato do Mundial de Clubes, classificando o torneio como um exemplo da sobrecarga enfrentada pelos jogadores de futebol profissional. Em entrevista à Gazzetta dello Sport, o ex-meia da seleção alemã e campeão do mundo em 2014 apontou a exaustão física e mental como um risco cada vez maior para a qualidade do esporte.
"Não há pobres no futebol. Quem joga faz o que ama e ganha muito dinheiro fazendo isso. Portanto, não há pessoas pobres. Mas sou fã de qualidade. Para manter a qualidade dos jogos, os jogadores devem estar frescos, física e mentalmente aptos. E isso está ficando cada vez mais difícil", afirmou Kroos, criticando o excesso de partidas na temporada.
O ex-jogador reforçou que sua opinião não mudou desde que pendurou as chuteiras: "Eu disse isso quando ainda estava jogando e não mudei de ideia: jogamos demais. Mas ninguém pede a opinião dos jogadores. É mais dinheiro e menos pausa", declarou.
Segundo Kroos, a carga excessiva já mostra efeitos visíveis: "Há mais lesões, como temos visto há algum tempo. E há uma queda na qualidade dos jogos e na motivação dos principais jogadores. Não há outra maneira, porque você nem sempre pode manter o mesmo nível de atenção e interesse quando está jogando por onze meses seguidos."
Por fim, deixou clara sua oposição ao novo torneio: "É por isso que não gosto desses torneios como o Mundial de Clubes ou a Liga das Nações. Um pouco de pausa e férias é o que os profissionais realmente precisam e os traria novamente", concluiu.
Kroos se junta a outras figuras importantes do futebol, como Jürgen Klopp e Julian Nagelsmann, que também classificaram o novo formato como um "fardo brutal" para os atletas.