Continuamos com a análise dos torcedores sobre o pouco que falta para termos as taças dos títulos que sempre chegamos bem próximos. Hoje iremos conferir a opinião da auri-negra de São Paulo, Maiara Batista.
A questão proposta foi a seguinte:
Estivemos nas últimas 3 finais da DFB Pokal, tivemos chances reais de título da Bundesliga nesta temporada e realizamos uma campanha de muitas expectativas na UEL. Mas de novo os títulos não vieram. Na sua opinião o que é este pouco que falta para concretizarmos estas boas campanhas?
Duro falar sobre as dores, não é mesmo? Mas ok, vamos lá cutucar as feridas.
Sobre as competições nacionais:
A rivalidade e competição diretamente com o Bayern de Munique tem sido crescente por diversas questões:
1 – Para de fato sermos campeões;
2 – Para provar que o futebol é MUITO mais do que se pode comprar;
3 – Para dar esperanças aos demais times da Alemanha no sentido de que sim, podemos todos bater de frente com o time mais rico do país;
4 – Para mostrar para nós mesmos que todo o trabalho duro realizado desde a chegada do Klopp e a escapada da falência valeu a pena. O troféu por termos sido tão firmes e pacientes é sim ser temido pelo considerado “maior”.
Todo esse sentimento nos acompanhou na Pokal 13-14 e agora 15-16. É muito mais que um caneco na mão e um grito de campeão. É a confirmação de que foi difícil, mas hoje somos estáveis... mas essa confirmação ainda não veio de fato (não considero que as Supercopas tenha tirado o sangue dos nossos olhos).
14-15 é uma temporada para ser esquecida e tão somente isso. Acho que nem vale a pena entrar no mérito de “o que nos fez perder a final da Pokal”, porque tudo deu muito errado neste período.
Voltando a falar da antepenúltima e da última final o que vi em campo foi:
- Raça x Técnica
- Improviso x Banco
- Instabilidade x Estabilidade
- Amor Verdadeiro x Ego inflado
O que nos fez falhar nessas finais? A falta de peças e principalmente as de reposição; os boatos – e confirmações em seguida – às vésperas que enfraquecem a confiança de uma equipe toda (inclusive de quem a apoia); o peso de tantos anos nas costas de atacantes ainda psicologicamente inexperientes; aquele chute e/ou desarmes perfeitos que o nervosismo não permitiu dar; aquelas peças fundamentais que sempre são levadas e somos obrigados a recomeçar toda santa temporada.
O dinheiro não é tudo, mas raça também não é. Nem só de “amor verdadeiro” se mantém uma relação, muito menos a profissional. Precisamos de uma diretoria que valorize mais seus jogadores e de jogadores que sintam o compromisso de estar com a equipe da lama ao paraíso.
O fato é: enquanto houver um “quase”, estamos bem. Cansa, ô se cansa, mas só a tentativa nos fará ter sucesso e não podemos perder as esperanças de que está por chegar. Para mim, o Borussia Dortmund sempre começa campeão.
JOSÉ LÚCIO
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