Texto por Colaborador: Redação 05/07/2025 - 04:30

Diretor esportivo do Borussia Dortmund, Lars Ricken falou com franqueza e ambição durante entrevista à RTL/ntv e ao sport.de, direto de Nova York, onde o clube alemão se prepara para a semifinal do Mundial de Clubes. O adversário? Nada menos que o Real Madrid. Mas o tom do dirigente foi claro: o objetivo do Dortmund é sonhar alto — e tornar esse sonho realidade.

“Já que estamos em Nova York, queremos ficar aqui. As semifinais e a final são nesta cidade, então não descartamos nada só porque nosso adversário é o Real Madrid. Queremos dar o passo final agora”, afirmou.

Ricken revelou que o ambiente nos Estados Unidos tem sido inspirador. A delegação acompanhou de perto a comemoração do título do Florida Panthers, da NHL, que reuniu centenas de milhares de pessoas em frente ao hotel do Dortmund, em Fort Lauderdale. “Assistimos à celebração, mas, no fim das contas, não queremos apenas assistir — queremos vivenciar isso nós mesmos.”

Um dos momentos mais aguardados do torneio também acabou frustrado: o duelo entre os irmãos Bellingham. Jude, do Real Madrid, e Jobe, do Dortmund, não poderão se enfrentar, já que o meia do time alemão não avançou com a equipe B. “Isso nos irrita. Teria sido uma grande história: dois irmãos em um nível tão alto. Jobe ficou muito chateado após o jogo por perder essa chance”, lamentou Ricken.

Sobre o desafio contra os merengues, o diretor esportivo reconheceu a dificuldade, mas reforçou a confiança:
“Precisamos de um dia excepcional. Talvez até perfeito. Mas o Real está em transição. O futebol de Xabi Alonso é diferente do de Ancelotti. Não teremos dez chances para marcar, então quando surgir uma, temos que aproveitar. O grupo está unido e precisamos de todos jogando no seu melhor — e talvez de outra atuação brilhante de Gregor Kobel.”

A logística e o desgaste físico também entraram em pauta. Com clima extremo e estádios sem cobertura, os cuidados com os atletas se intensificaram:
“Alguns jogos chegam a 40 graus de sensação térmica. Nossos reservas muitas vezes nem se aquecem em campo, ficam no vestiário ou sob guarda-sóis. Tenho muito respeito pela entrega dos jogadores.”

Ricken ainda criticou o calendário, mas destacou o espírito do elenco diante da maratona de jogos em meio ao verão europeu:
“A pressão é enorme. Eles deveriam estar de férias com suas famílias agora. Mas jogar aqui é uma recompensa, não um castigo. Enfrentar o Real diante de 80 mil pessoas em Nova York é uma experiência única. Vamos garantir que tenham tempo de recuperação suficiente depois.”

Com mentalidade coletiva, pés no chão e um sonho ambicioso, o Borussia Dortmund entra em campo nos Estados Unidos para tentar surpreender o gigante espanhol — e, quem sabe, escrever mais um capítulo inesquecível em sua história.

 

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