Texto por Colaborador: Redação 09/10/2025 - 10:00

Com 14 pontos em seis jogos da Bundesliga e um início sólido na Liga dos Campeões, o Borussia Dortmund vive uma boa fase sob o comando de Niko Kovac. O treinador conseguiu dar mais estabilidade tática, estrutural e mental à equipe, consolidando um sistema baseado em desempenho e disciplina. No entanto, essa consistência também tem deixado alguns jogadores em segundo plano.

À medida que o time se prepara para o confronto direto contra o Bayern de Munique, o critério de Kovac fica ainda mais evidente: só joga quem está em forma e entrega o que é exigido.

Um dos principais exemplos é Pascal Groß. Aos 34 anos, o meio-campista, que antes era considerado uma das extensões do treinador dentro de campo, perdeu espaço na equipe. A dupla Nmecha/Sabitzer se consolidou no setor, e Jobe Bellingham aparece à frente na hierarquia. Desde o início da temporada, Groß fez apenas uma partida. Além disso, ele ficou fora da convocação da seleção alemã pela primeira vez desde sua estreia. Kovac explicou a situação de forma direta:

“Ele não está perdendo nada, mas no momento o nível de desempenho é muito alto.”

Outro caso é o do jovem Jobe Bellingham. Contratado com grande expectativa, o irmão mais novo de Jude Bellingham ainda não conseguiu se firmar. Dentro de campo, tem dificuldade em se integrar ao jogo, e fora dele, o comportamento da família, especialmente do pai Mark Bellingham, vem gerando incômodo no clube. Apesar disso, uma saída no inverno não está nos planos, mas o jogador de 20 anos segue distante do protagonismo esperado.

Filippo Mané também não vive bom momento. Após uma estreia promissora na Copa, o zagueiro de 20 anos cometeu um erro decisivo e foi expulso no empate em 3 a 3 contra o St. Pauli. Desde então, perdeu espaço e foi relegado ao time B, especialmente com o retorno de Nico Schlotterbeck, Niklas Süle e a chegada de Aaron Anselmino.

Outros nomes, como Emre Can e Salih Özcan, também estão em situação delicada. O primeiro ainda sofre com lesões, enquanto o segundo sequer foi inscrito para a Liga dos Campeões.

Kovac encara essas decisões como parte natural da competitividade interna do elenco: “Temos um elenco bom e amplo. A equipe não se prepara, mas através do desempenho. Eu tenho que tomar decisões difíceis.”

Os resultados positivos reforçam que o treinador está no caminho certo. Ainda assim, o sucesso da nova filosofia do Borussia Dortmund tem um custo — pago principalmente por jogadores experientes que hoje vivem à sombra da nova estrutura implantada por Kovac.

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