A participação do Borussia Dortmund no Mundial de Clubes terminou nas quartas de final, com a derrota para o Real Madrid escancarando velhos problemas da equipe. Apesar do discurso otimista da diretoria e da comissão técnica, a torcida aurinegra alemã não comprou a narrativa de que o desempenho no torneio foi digno de orgulho.
O técnico Niko Kovac destacou o espírito do time: “Podemos sair de cabeça erguida. Representamos o BVB, mas também a Alemanha, com dignidade.” O diretor-geral Lars Ricken seguiu na mesma linha: “Estamos entre os oito primeiros do ranking europeu, chegamos às quartas de final da Liga dos Campeões e agora estamos entre os oito melhores do mundo. Isso é motivo de orgulho.”
Mas, nas arquibancadas e nas redes sociais, o sentimento é bem diferente. As atuações do Dortmund, mesmo contra adversários considerados tecnicamente inferiores, deixaram muito a desejar, e isso não passou despercebido pelos torcedores. Comentários como “esse tipo de atitude me deixa realmente irritado” e “essa mentalidade de perdedor é simplesmente repugnante” expressam o descontentamento com o que muitos consideram um conformismo da diretoria diante de um futebol aquém do esperado.
A crítica central gira em torno da performance apagada contra equipes mais fracas no papel, algo que já vinha sendo questionado desde a primeira metade decepcionante da Bundesliga. Para parte da torcida, a chegada de Niko Kovac melhorou o rendimento, mas não o suficiente para justificar o discurso celebratório após eliminações e exibições medianas.
Enquanto a cúpula do clube exalta a campanha como positiva, muitos torcedores veem no desempenho recente um sinal claro de que algo precisa mudar — não apenas dentro de campo, mas também na forma como o clube encara seus próprios resultados.