Enquanto os holofotes costumam estar voltados para estrelas como Serhou Guirassy ou o goleiro Gregor Kobel, que com seus gols e defesas garantem vitórias, há um outro time, fora dos gramados, que também é decisivo para o sucesso do Borussia Dortmund: jardineiros, motoristas, fisioterapeutas, gerentes de kit. Sem eles, nem vitórias, nem títulos seriam possíveis.
Para a longa jornada rumo ao Mundial de Clubes, entre 14 de junho e 13 de julho, a delegação do BVB vai muito além dos 28 jogadores convocados. São mais de 40 engradados de metal e inúmeras bolsas e caixas. O conteúdo impressiona: cerca de 200 pares de chuteiras e tênis de corrida, mesas de massagem, dezenas de bolas e kits completos de uniformes — camisas, shorts e meias. Tudo cuidadosamente preparado para um mês inteiro de competição fora da Alemanha.
À frente dessa logística está Frank Gräfen, gerente de equipamentos do clube, que já há semanas está imerso nos preparativos. Aos 59 anos, ele é o responsável por garantir que absolutamente nada falte na base da equipe em Fort Lauderdale, na Flórida.
— Temos que levar tudo para quatro semanas. Se chegarmos até o fim, não dá pra esquecer nada — explicou Gräfen ao site oficial do Dortmund. — Não dá pra simplesmente ligar e dizer: “Preciso disso ou daquilo”. Por isso, estamos acumulando tudo com antecedência.
Segundo ele, a bagagem total do Borussia para a competição chega a pesar cerca de duas toneladas.
Assim que a delegação aterrissar nos Estados Unidos, a primeira tarefa será abrir as malas marcadas com fita vermelha — nelas estão os materiais para o primeiro treino no novo local. Depois, vem o trabalho de organizar o restante. Gräfen conta que separa tudo por ambiente: o que é para treino vai para uma sala; o que é para jogo, para outra. E tudo precisa ser carregado manualmente.
— Gosto de ter tudo organizado — diz. — Depois levo minhas caixas para o jogo comigo, como faço na Alemanha.
Mas, desta vez, o desafio logístico será maior. Com distâncias bem superiores às do calendário doméstico, o Dortmund pode ter que viajar mais de 1.000 quilômetros entre as sedes de East Rutherford e Cincinnati, caso avance no torneio. Se isso acontecer, não serão apenas os jogadores que enfrentarão maratonas — a equipe de apoio, liderada por Gräfen, também terá muito trabalho pela frente.