Mats Hummels esperava uma despedida diferente do Borussia Dortmund, clube pelo qual nutria profundo carinho. Agora, o ídolo aurinegro recebeu apoio de um antigo parceiro, que também fez duras críticas à direção do BVB.
Na opinião de Neven Subotic, o Borussia Dortmund não demonstrou classe durante o processo de separação de Mats Hummels, ocorrido há cerca de um ano.
O ex-zagueiro, que jogou por muito tempo ao lado de Hummels, declarou no programa "Doppelpass" da "Sport1": "Quando se adota o slogan 'Echte Liebe' (Amor Verdadeiro), que é o lema do BVB, fica complicado quando surgem exemplos recorrentes que não comprovam isso, mas demonstram justamente o contrário."
Subotic admitiu que sua própria saída "poderia ter sido melhor". O jogador, que disputou 232 partidas na Bundesliga, deixou Dortmund em janeiro de 2018 após 196 jogos oficiais, encerrando a carreira três anos e meio depois. Pelos aurinegros, conquistou dois títulos alemães e duas Copas da Alemanha.
Hummels: "Deveria ter sido diferente"
Na documentação "Hummels - La Finale" da "ZDF", Mats Hummels criticou principalmente a forma como foi comunicado sobre a decisão da diretoria. "Deveria ter sido diferente do que aconteceu comigo. Normalmente, esse tipo de decisão é comunicado pessoalmente", mas ele soube primeiro através da imprensa. Sua suspeita é que alguém quis "acertar as contas" por causa de uma entrevista publicada antes da final da Liga dos Campeões de 2024, na qual criticou as táticas do então técnico Edin Terzic.
Hummels revelou no documentário que gostaria de encerrar a carreira no BVB. Ele chegou a procurar os dirigentes para discutir uma possível volta - talvez para a Copa do Mundo de Clubes que se aproxima. Dortmund seria o único clube pelo qual ele adiaria o fim da carreira.
Subotic comentou: "Temos aqui o caso de um Mats Hummels muito credível, que faz críticas de coração pesado. Mas com razão, porque poderia ser uma história de sucesso - não apenas para ele, mas também para o clube, para realmente honrar esse 'Amor Verdadeiro'."
Ele deseja que tanto seu ex-companheiro quanto seu antigo clube encontrem uma despedida reconciliadora: "Para isso, algum dirigente precisa ceder e mudar de opinião. Espero que isso aconteça."